A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (5) com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. O tema do encontro será a crise financeira internacional.
Dilma desembarcou em Hannover neste domingo. Conforme a agenda oficial da presidente, ela participa às 18h do horário local (14h de Brasília) da cerimônia de abertura da Feira Internacional das Tecnologias da Informação e das Comunicações, a Cebit. Na sequência, vai a jantar oferecido por Merkel e depois tem um encontro privado com a chanceler.
Na semana passada, Dilma classificou de "tsunami monetário" provocado pelos países ricos a política monetária que prejudica a indústria. De acordo com o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, a presidente deverá conduzir a conversa com a chanceler alemã "no mesmo tom" em que vem se manifestando em relação à crise.
De acordo com Garcia, o Brasil quer saber o que será feito do grande empréstimo concedido esta semana a bancos europeus, se servirá para investimento interno ou especulação externa. "Nós queremos saber qual é o destino desse dinheiro. Ele vai ser utilizado para o desenvolvimento da União Europeia ou vai ser entregues aos bancos?", questionou.
Nesta sexta-feira (2), Merkel chegou a dizer que entende as críticas feitas por Dilma. "De certa maneira, eu entendo as dúvidas dela. É por isso que vou tentar dizer a ela que planejamos perseguir reformas desta vez, que nós certamente não vamos adotar medidas semelhantes de novo", declarou.
Apesar de a crise internacional ser a principal pauta da viagem, o mote do convite é a Cebit. A Alemanha é parceira do Brasil no programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas para brasileiros cursarem graduação ou pós-graduação no exterior. Durante a visita a Merkel, Dilma deverá reiterar a intenção do governo brasileiro em enviar estudantes, mas vai também insistir para que cientistas e técnicos alemães atuem no Brasil, informou Marco Aurélio Garcia.
A reforma do FMI (Fundo Monetário Internacional) e outras questões de política externa também deverão ser debatidas, como a crise na Síria, a Palestina e o Irã. "A presidenta vai reafirmar aquilo que é próprio da política externa brasileira que é a busca de soluções negociadas, diplomáticas, mesmo quando essas soluções parecem muito difíceis", disse Garcia.
Programação
Acompanham Dilma na Alemanha os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentl (Desenvolvimento), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Helena Chagas (Comunicação Social), além dos governadores da Bahia e do Rio Grande do Sul, Jaques Wagner e Tarso Genro respectivamente.
Na terça-feira (6), logo cedo, às 9h, Dilma planeja visitar a feira por cerca de duas horas, começando pelo pavilhão do Brasil. Após pronunciamento à imprensa, previsto para as 11h30, a presidente participa de um almoço de trabalho com a Confederação da Indústria da Alemanha e empresários brasileiros e alemães.
Dilma deixa a Alemanha ainda na terça e retorna ao Brasil.
Dilma desembarcou em Hannover neste domingo. Conforme a agenda oficial da presidente, ela participa às 18h do horário local (14h de Brasília) da cerimônia de abertura da Feira Internacional das Tecnologias da Informação e das Comunicações, a Cebit. Na sequência, vai a jantar oferecido por Merkel e depois tem um encontro privado com a chanceler.
Na semana passada, Dilma classificou de "tsunami monetário" provocado pelos países ricos a política monetária que prejudica a indústria. De acordo com o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, a presidente deverá conduzir a conversa com a chanceler alemã "no mesmo tom" em que vem se manifestando em relação à crise.
De acordo com Garcia, o Brasil quer saber o que será feito do grande empréstimo concedido esta semana a bancos europeus, se servirá para investimento interno ou especulação externa. "Nós queremos saber qual é o destino desse dinheiro. Ele vai ser utilizado para o desenvolvimento da União Europeia ou vai ser entregues aos bancos?", questionou.
Nesta sexta-feira (2), Merkel chegou a dizer que entende as críticas feitas por Dilma. "De certa maneira, eu entendo as dúvidas dela. É por isso que vou tentar dizer a ela que planejamos perseguir reformas desta vez, que nós certamente não vamos adotar medidas semelhantes de novo", declarou.
Apesar de a crise internacional ser a principal pauta da viagem, o mote do convite é a Cebit. A Alemanha é parceira do Brasil no programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas para brasileiros cursarem graduação ou pós-graduação no exterior. Durante a visita a Merkel, Dilma deverá reiterar a intenção do governo brasileiro em enviar estudantes, mas vai também insistir para que cientistas e técnicos alemães atuem no Brasil, informou Marco Aurélio Garcia.
A reforma do FMI (Fundo Monetário Internacional) e outras questões de política externa também deverão ser debatidas, como a crise na Síria, a Palestina e o Irã. "A presidenta vai reafirmar aquilo que é próprio da política externa brasileira que é a busca de soluções negociadas, diplomáticas, mesmo quando essas soluções parecem muito difíceis", disse Garcia.
Programação
Acompanham Dilma na Alemanha os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentl (Desenvolvimento), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Helena Chagas (Comunicação Social), além dos governadores da Bahia e do Rio Grande do Sul, Jaques Wagner e Tarso Genro respectivamente.
Na terça-feira (6), logo cedo, às 9h, Dilma planeja visitar a feira por cerca de duas horas, começando pelo pavilhão do Brasil. Após pronunciamento à imprensa, previsto para as 11h30, a presidente participa de um almoço de trabalho com a Confederação da Indústria da Alemanha e empresários brasileiros e alemães.
Dilma deixa a Alemanha ainda na terça e retorna ao Brasil.
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