terça-feira, 25 de agosto de 2015

Alemanha destaca parceria com o Brasil

Paulo de Araújo/MMA
Tania Rödiger-Vorwerk: portfólios complementares
“Nosso portfólio se complementa e nosso compromisso com o meio ambiente é o mesmo”, afirma representante do governo alemão. Investimentos podem chegar a 441 milhões de euros

Por Marta Moraes – Editor: Marco Moreira
A diretora de Desenvolvimento Sustentável, Recursos Naturais, Economia e Infraestrutura do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), Tania Rödiger-Vorwerk, disse que o Brasil é o parceiro mais importante da Alemanha para a proteção das florestas e do clima. Segundo ela, os dois países negociam investimentos de 441 milhões de euros. “Nosso portfólio se complementa e nosso compromisso com o meio ambiente é o mesmo”, afirmou.
Tania Vorwek fez esta declaração durante o debate sobre “Manejo sustentável de florestas, restauração florestal e reflorestamento”, realizado nesta quarta-feira (19/8), em Brasília, na Conferência “Florestas, Clima e Biodiversidade”, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente(MMA) em parceria com o governo alemão.
Durante o encontro, foram debatidos os desafios da conservação e manejo sustentável das florestas; o impacto da implantação do Código Florestal e do Cadastro Ambiental Rural; a visão dos dois países sobre a importância estratégica das ações de restauração e recomposição de florestas; e a contribuição alemã para os esforços brasileiras nessas frentes; entre outros assuntos.
PRINCIPAIS QUESTÕES
O assessor especial do MMA Antônio Prado falou sobre a transformação da economia florestal brasileira nas duas últimas décadas, os desafios para fortalecer a economia florestal no Brasil, os avanços com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e as principais determinações do Código Florestal. “O CAR certamente é a principal ferramenta para o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais, e combate ao desmatamento no País”, destacou.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, aproveitou para perguntar aos debatedores o caminho deve ser adotado para não se restringir o uso da propriedade rural. “Qual a sugestão para que se use esses ativos como incremento da economia florestal e, dentro da lógica do produtor rural, para que ele entenda a proteção ambiental como um ativo seu de produção sustentável de alimentos?”, indagou.
O presidente da Amata, empresa especializada na comercialização de madeira certificada, Roberto Waack, respondeu que a transformação depende de alguns fatores relacionados a um ambiente institucional mais amplo. “O ativo florestal só vai se tornar realidade no momento que deixar de competir com os ilegais”, afirmou. “A implantação do Código Florestal está relacionada com o fim da ilegalidade nessa questão ambiental.”
Também participaram da mesa, que foi moderada por José Carlos Carvalho, conselheiro do Instituto Inhotim (MG):  Elizabeth de Carvalhaes, presidente Executiva da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ); André Nassar, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Sérgio Lopes, secretário extraordinário de Regularização Fundiária na Amazônia Legal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA/SERFAL); e o senador Jorge Viana (PT-AC).

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028.1165


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Torre de pesquisa mais alta do mundo é inaugurada no Amazonas

Torre tem 325m e vai coletar informações sobre a atmosfera e a floresta.
Segundo ministro, custo operacional por ano chegará a R$ 2 milhões.

Do G1 AM com informações da Rede Amazônica
Torre vista do meio da floresta amazônica, em São Sebastião do Uarumã (Foto: Bruno Kelly/Reuters)Torre vista do meio da Floresta Amazônica  (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

Após um ano em construção, a maior torre de monitoramento do mundo foi inaugurada no sábado (22), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, no município de São Sebastião do Uatumã, a 247 quilômetros de Manaus. A obra custou cerca de 8,4 milhões de euros e foi custeada pelo Brasil e Alemanha.
A Torre ATTO (sigla em inglês para Torre Alta de Observação da Amazônia), que possui 325 metros -  equivalente a um prédio de 80 andares - vai coletar dados sobre as manifestações atmosféricas para estudos referentes à interação entre a vegetação e atmosfera. Apesar de dar início à coleta de dados, a previsão é que somente em 2017 esteja totalmente equipada.
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, participou da cerimônia de inauguração e declarou à Rede Amazônica que a torre é uma “grande conquista para a área de ciência”.
“Os dados serão coletados com zero de interferência humana. Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e do Instituto Max Planck terão material novo para interpretar sobre como interagem o clima e a floresta e vão poder compartilhar essas informações com profissionais de outros países”, destacou.
Segundo o ministro, a torre estará completamente equipada em 2017, mas já dispõe dos recursos para se tornar operante. Por ano, o custo operacional chegará a R$ 2 milhões.“Ela já começa a funcionar e a coletar dados e vamos assegurar que tenha os recursos necessários até 2017. O investimento maior já foi feito. O custo por ano é um número ao alcance dos orçamentos do Brasil e da Alemanha”, informou.   
A obra custou cerca de 8,4 milhões de euros. O projeto foi financiado pelo Ministério Federal de Educação e Pesquisa (BMBF) da Alemanha, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Brasil e pelo Governo do Amazonas.
Ministro Aldo Rebelo participou da inaguração a torre (Foto: Sérgio Rodrigues/G1-AM)Ministro Aldo Rebelo participou da inauguração da torre (Foto: Ascom MCTI)
 
veja também